O objetivo desta publicação é o de estimular o cultivo de alfafa no Sudeste do País, em estabelecimentos pecuários com potencial de produção, ou seja, que disponham de animais com altos índices zootécnicos, bem como de solos propícios química e fisicamente para o plantio da forrageira
Resultados de pesquisa com alfafa na região Sudeste do Brasil
No Brasil, os sistemas intensivos de produção animal, principalmente de leite bovino, surgiram em meados da década de 1980 e início da década de 1990, incentivando o cultivo de alfafa em regiões pouco
fertilidade da maioria dos solos no Brasil. Nesse aspecto, resultados de pesquisas de outros países revelam que o pH para essa cultura deve se situar entre 6,5 e 7,5. Para as cultivares mais adaptadas às condições brasileiras, como as do Sudeste, a correção da acidez dos solos está baseada na saturação por bases, para a qual o nível de 80% é desejado, refletindo pH na faixa de 6,0 a 6,5. Por sua vez, o nitrogênio para a alfafa, como para as demais leguminosas, pode ser suprido por meio da fixação simbiótica de bactérias aeróbicas da espécie Rhizobium melilotti (específica para alfafa).
alfafa, com doses de até 100 kg/ha de K2O. Apesar de a adubação orgânica ser fundamental no estabelecimento dos alfafais, bem como também ser fonte de micronutrientes para a cultura, aplicações de 30 kg/ha de FTE BR-12 foram suficientes para que a planta não apresentasse sinais de deficiência desses elementos.
comercial.
Foto: MFRURAL
cotilédones), quando a irrigação pode ser até prejudicial à cultura, uma vez que provoca crescimento superficial do sistema radicular. É recomendado que nessa época a planta seja submetida a um déficit hídrico durante cinco a sete dias, a fim de forçar sua fixação no solo pelo desenvolvimento vertical das raízes. Outro fator importante que tem impedido o desenvolvimento da alfafa no Brasil é que quase todo o cultivo dessa forrageira no País é originário de sementes importadas da Argentina, do Chile e dos
produção de forragem da cultivar Crioula foi mais uniforme do que a do material promissor (LEN 4), o que comprova a maior adaptabilidade da cultivar Crioula à região.

Terreno plano, em solo com textura média, profundo, com boa drenagem, sem compactação ou camada de impedimento, preferencialmente de alta fertilidade.
• Demais cortes, quando a cultura estiver com 10% de florescimento, que na prática se constata quando visualmente se observam as primeiras flores no alfafal
• No inverno, a alfafa não floresce, devendo ser cortada quando a brotação estiver com 5 cm de altura.
Pragas
naturais na cultura.
Doenças
No Brasil, ainda não se tem o quadro definido do problema que as doenças podem
causar à cultura da alfafa. Porém, em alguns cultivos, pode-se observar murcha-bacteriana(Corynobacterium insidiosum), antracnose(Colletrotrichum trifolii), fusariose (Fusariumsp.), podridão-das-raízes (Phytophtoramegasperma), rizoctonia (Rhizoctonia solani),pinta-preta (Pseudopeziza medicaginis),ferrugem-da-folha (Uromices striatus),mancha-das-folhas (Cercospora medicaginis) emosaico-da-alfafa (causado pelo vírus do mosaico-da-alfafa, que é transmitido pelo pulgão).
mecânico, secagem e armazenamento. O corte deve ser feito pela manhã, quando é improvável a ocorrência de chuvas durante o dia. O ponto de enfardamento do material (prensagem), para posterior armazenamento ou transporte, na prática, é observado quando, ao torcer com as mãos uma quantidade de alfafa seca, não se note
produção diária de 20 kg de leite por vaca, sem consumo de alimento concentrado, o que possibilita média de produção de leitediária de 54 kg/ha.